Tranquilo e sereno, mais uma vez eu estou só
Escrevendo problemas que eu já sei de cor
Dissimulando cada verso em pura anestesia
Expelindo cada dor, para viver por mais um dia
Velas acompanham-me na escuridão
Em trevas, faço brinde a minha solidão
Versos de dor
Contemplam o horror
Doce catástrofe
A frenética poesia, liberta-me de todo medo
Me induz ao necrófago ciclo de que há sempre um recomeço
Os segmentos do tempo ficam imóveis a todo desejo
Nada ocupa a minha mente, apenas o vazio enquanto escrevo
Velas acompanham-me na escuridão
Em trevas, faço brinde a minha solidão
Versos de dor
Contemplam o horror
Doce catástrofe